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|HQs| Nova revista nas bancas: Didi e Lili – Geração Mangá

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Nas bancas de Natal já pode ser encontrada a nova revista destinada ao público infantojuvenil: “Didi e Lili – Geração Mangá”. A revista, como o título já diz, é em estilo mangá e tem como protagonistas: Didi – personagem criado por Renato Aragão -, e Lili – Lívian, filha de Renato.  Foi criada pelo quadrinista e escritor, Franco de Rosa, pegando carona na onda de outras publicações brasileiras em estilo japonês, como “Turma da Mônica Jovem” e “Luluzinha Teen”. A edição de lançamento custa R$4,90, tem 68 páginas, foi produzida pela Activa e lançada pela editora Escala.

https://i0.wp.com/farm5.static.flickr.com/4063/4410308627_3abd446c17_o.jpgOntem eu comprei um exemplar. A introdução da revista “Didi e Lili”  é meio estranha. Nela você pode ver um desenho do Didi sorrindo e segurando uma espingarda. A princípio você pensa “o que tem a ver o Didi sorrindo, segurando uma espingarda e olhando para ela?”, mas daí você prossegue e ler o balão da Lili, no qual diz que o Didi é ciumento, e não deixa nenhum menino se aproximar dela. (Ah, “explicado”)

O “mangá” é divido em três histórias escritas por Debrah Demaris. A primeira, “Lili e o Príncipe do Shopping”, foi desenhada e colorida por Ivan Rodrigues. A história realmente apresenta códigos típicos do estilo de quadrinhos japonês, mas tem outros nada a ver – mas que podem ser relevados, já que é um “mangá brasileiro”. Me assustei com uma parte que considerei inadequada para os leitores: Lili envergonhada, enrolada numa toalha, e dizendo que do jeito que o “príncipe do shopping”olhava pra ela, era como se ela estivesse nua. (Hein?) Não sei se uma criança tem consciência para perceber a malícia. Fiquei constrangida com essa parte, considerando que é uma história destinada ao público infantojuvenil.
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A segunda história, “O Relógio do Contratempo”, é em preto em branco e já conta com a participação do Didi. Foi desenhada por Arthur Garcia, e arte-finalizada por Antonio Lima. Eu gostei do início: um sonho maluco da Lili com um relógio. E detestei o final: Lili se apaix… (Ops… Spoiler!)

Por último, “Didi e os Vampiros do Crepúsculo” uma história desenhada por Alexandra Mattos. Logo na primeira página percebi um erro no primeiro quadrinho: uma caixa de narração off/informação onde estava escrito o que poderia estar em um balão, como fala do Didi. Tirando os poucos erros, achei a história mais bem desenhada e com o melhor enredo. Tá, eu sei que a revista é para crianças e (pré) adolescentes, mas não posso deixar de levar em consideração o fato de que as crianças que costumam ler são bastante exigentes. Didi tem falas bobas – típicos do programa global “A Turma do Didi” – mas que na revista “soa” mais engraçado. (Assumo que dei boas risadas) A história não tem nada a ver com Crepúsculo – a não ser pelo fato de ter vampiros – e sim, com Van Helsing – o caça vampiros, criado por Bram Stoker.

Minha opinião final: A revista é divertida, mas parece que foi feita nas pressas. Muitos balões para pouco diálogo. É mais destinado às meninas , do que para os meninos (para ambos, existe a revista “O Mundo Mágico do Didi”, também da editora Escala). Poderiam explorar mais outras histórias, como fizeram com a última, dos vampiros. E espero que Lili não se apaixone o tempo todo pelos garotos que vão aparecer nas próximas edições.

Por Juliana Cortês